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Depois de um hiato de uma década e meia, a banda carioca de indie rock Moptop ressurge com um novo trabalho que escancara feridas, dilemas existenciais e a urgência de se reconectar com o sentido das coisas.
O grupo, que marcou os anos 2000 com guitarras afiadas e melodias pop, anunciou em abril sua volta aos palcos e aos estúdios. Na ocasião, revelou que o novo álbum se chamaria Ghosts. No entanto, o título mudou de última hora: o disco, lançado em 6 de junho, ganhou o nome de Long Day.
A mudança, explicam Gabriel Marques (voz e guitarra), Rodrigo Curi (guitarra), Daniel Campos (baixo) e Mario Mamede (bateria), teve a ver com a estética final do trabalho. “Procuramos um nome que conversasse melhor com a proposta visual e emocional do álbum”, explicam no material de divulgação.
Com dez faixas inéditas — todas compostas e cantadas em inglês —, Long Day é uma viagem emocional por temas sombrios e universais. Em faixas como Fear e Ghosts, o Moptop encara os fantasmas internos e os traumas do passado. Já em Last Time e One in a Million, o quarteto mergulha em reflexões sobre identidade, propósito e as perguntas que insistem em não ter resposta. A inevitabilidade da perda é o eixo de Tightrope, uma das músicas mais sensíveis do disco.
Em outro tom, Running e Falling evocam a sensação de estar constantemente em movimento — seja correndo, tropeçando ou apenas tentando acompanhar o ritmo caótico da vida moderna. Essa ideia é simbolizada de forma potente na arte de capa do disco: a imagem de um rato preso em uma roda giratória serve como metáfora visual para a repetição angustiante da rotina nos tempos acelerados em que vivemos.
Long Day é, portanto, mais do que um retorno. É um reencontro maduro e honesto com a dor, a busca e a beleza de continuar seguindo em frente — mesmo quando o caminho parece interminável.